Foram auroras, noites solitárias...
Foram auroras, noites solitárias,
Horas silentes e fantasmagóricas,
Que ressoaste da saudade as árias,
Sob o clarão de luas merencórias.
Na platitude de alvas mortuárias,
Onde um sonho nas brumas ilusórias,
Foste colhendo astros de cores várias,
Sob o clarão de luas merencórias.
N'alameda flórea dos tempos idos,
Repousa uma lembrança de olhos fundos,
De macerados olhos doloridos...
A voz da vida que meu peito acalma,
A prece áurea de constelados mundos
Entraste lentamente em minha alma.