Quando eu morrer

O dia surgirá sem que eu mais veja,

a noite, então, será eterna, fria,

eu não verei jamais a luz do dia

e não terei a boca que me beija.

A fria pele irá perder a cor,

a luz não brilhará nos olhos meus;

no dia em que eu morrer - valha-me, Deus! -

eu não mais sentirei o teu calor,

o meu amor virá de outra esfera,

a tua vida não terei pra mim,

não sentirei nas mãos as tuas mãos.

Mas saibas que estarei a tua espera,

embora eu saiba que terás, enfim,

amores outros, de outros corpos sãos.