Invasão

Invado teu espaço sem ao menos pedir-te

Refiro-me a ti com fervor sem par

Prefiro morrer a deixar de amar

Reflito o horror que por fim persiste.

Nunca houve no mundo estupidez tamanha

Que resistisse assim com ferrenha covardia

Nem ninguém que tivesse eterna garantia

De resistir a tudo como astuta aranha.

Volto pra mim mesmo com infinito pesar

Estorvo tamanho por razão de estar

Amando o invisível que sempre espera

Que o fosso desse autor que se enquadra em luto

Seja fundo e interminável de negrume absoluto

Volvendo ao esquecimento do fim de uma era.