TU ÉS!

És o amor tão esperado, o sonho de um tempo perdido.

Tristeza que não tem fim, a ferida que não nunca sara.

Dor que não tem bálsamo, a lágrima que não seca.

Manhã que se fez triste, uma tarde de muito pranto.

És o livro que não pude ler na noite de solidão

Ponto de amargura, o sorriso que não se abriu.

Brilho que se apagou numa estrada sem recomeço.

Lamento sem consolo, um amor de ilusão!

És na vida o desengano, a esperança que se foi.

A mágoa sem lenitivo, o canto que se calou.

Temporal sem compaixão, terra árida do sertão.

Pedaço que devo arrancar de dento do meu coração

Ah! Ilusão!

Aurinete Alencar
Enviado por Aurinete Alencar em 11/02/2008
Reeditado em 11/02/2008
Código do texto: T854865