ZÉ MAGRICELA (Soneto Caipira)

O meu cumpadi Zé Magricela,

De tão magro pareci um fio;

Foi passá num´a pinguela,

Trupicô e caiu dentro do rio.

O cuitado é tamém banguela

Qui só fala dano sobio;

De tanta água na güela

Cumeçô sintí forti ripio.

Ficô ripiado o cuitadinho

Pareceno um porco ispinho

Defrontano um´a serpente.

Di tão ripiado qui tava,

A gente inté maginava

Qui num era mai gente.

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João Barbosa
Enviado por João Barbosa em 09/03/2008
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