EU.

Eu. Só Eu. Amarga e triste solidão.

Gritante como espada afiada e fria.

Dolorosa, perversa a partir o coração.

Só quem ficou só, suas garras podem sentir.

Ó meus dias alegres, distantes de mim ficaste

Num passado, nos amores colhidos e desperdiçados.

Hoje de saudade vivida pelos lamentos e prantos.

Ah, solidão viva de auguras, de dores e temores.

Onde Eu. De desencantos e sonhos destroçados

Caminho numa estrada fumegante, na dor de quem é só.

Peito dilacerado e sem propósito de vida alguma

Culmina nos rastros quase apagados

De quem é assombrosamente Só.

Aurinete Alencar
Enviado por Aurinete Alencar em 30/03/2008
Código do texto: T923561