EU.
Eu. Só Eu. Amarga e triste solidão.
Gritante como espada afiada e fria.
Dolorosa, perversa a partir o coração.
Só quem ficou só, suas garras podem sentir.
Ó meus dias alegres, distantes de mim ficaste
Num passado, nos amores colhidos e desperdiçados.
Hoje de saudade vivida pelos lamentos e prantos.
Ah, solidão viva de auguras, de dores e temores.
Onde Eu. De desencantos e sonhos destroçados
Caminho numa estrada fumegante, na dor de quem é só.
Peito dilacerado e sem propósito de vida alguma
Culmina nos rastros quase apagados
De quem é assombrosamente Só.