MULHER DE SAIA
Como ousar em teu crepúsculo, mulher de saia?
Como ter-te em meu catre se esvai vão sangue?
Já não somos tão capazes – nossa brisa desmaia
O seu termo é o colostro a nutrir vosso mangue.
Por vezes, invocastes sereno meu por alcatéia tua
Pura, nua e deslumbrantemente afoita... imagina!
Não me dê o direito de passear em sua nobre rua
Haverá alamedas dançantes – hibernante colina!
Não preza mais arraia tua em inocente arrimo meu
Não sei ser-te quando os sábios sãos se entrelaçam
Suas amebas me encolhem e me ojerizam [pareceu!].
Não arrisco reputação minha em teu cobre virulento
Não há visgo na pele, nem na anágua – então, saias!
Inda houvesse honroso cerne seu... Ser-me-ia alento.