A morte é o preço 
Que pagamos
pelo bem c
hamado vida.
É prestação final
Da longa dívida 
Que foi assumida,
Por uma compra
(Ás vezes indevida)
Que alguém terá feito 

Sem nosso aval.
Pois se nascemos 
Ficamos devedores
De um capital
Num banco cujo nome
É Existência.
A vida é saque
Que se faz todo dia,
Sem consciência
Que todo tempo 
Vivido se torna 
Uma conta vencida,
Pela qual se paga
A última prestação
Com a própria vida.
Assim pensando
Use muito bem a sua  
Conta corrente.
Esse banco não deixa
Que ninguém 
Se torne inadimplente.