MINHA CERTA OU EQUIVOCADA DECISÃO

Prólogo

“Geralmente erra mais quem decide cedo do que quem decide tarde; mas, depois de tomada a decisão, é necessário recuperar o atraso da sua execução.” – Francesco Guicciardini

UMA DIFÍCIL DECISÃO

Creio que superarei o fim de um relacionamento que se tornou danoso e sofrido por acreditar que essa foi a melhor decisão. Um detalhe precisa ser explicado aos meus notáveis leitores: Este artigo não é um enigma, não trata de afetividade entre pessoas. Envolve coisa indefinida pela complexidade de sua gênese e pessoa decidida e movida pela força da razão.

Se o sucesso na vida é o resultado de decisões, cuidado: Não permita que as coisas mais importantes sejam deixadas ao mero acaso. Foi pensando na palavra “decisão” que escrevi este texto sem esperar compreensão. Escrevi-o para mim mesmo!

UM ERMITÃO POR OPÇÃO

De hoje em diante serei e me comportarei como um ermitão! Não abrirei mão dos atos de urbanidade e cidadania, mas decidi, sem culpas, nem tampouco arrependimentos, sair de cena em que, por demasiado tempo, me comportei como se fosse a “tábua de salvação” para quem não sabia, não quis e/ou não pode aprender a nadar.

Deixei o passado para viver o presente, sepultei as mágoas para viver em harmonia, longe dos hipócritas; esquecerei amizades ingratas e ignorantes, de má-fé, para encontrar as poucas leais, verdadeiras e fiéis; enfim, deixei tudo o que me fez mal, por demasiado tempo, para encontrar a paz no Éden perfumoso, iluminado e florido de minha benquista imaginação.

E como escreveu o saudoso poeta Marcus Vinicius de Moraes... “Quem sabe a morte, angústia de quem vive” ... “Quem sabe a solidão, fim de quem ama” possa me encontrar com um sorriso de felicidade no rosto glabro, expressando excelsa juventude, por não haver aprisionando o espírito atormentado pelas paixões terrenas?

À ESPERA DA REDENÇÃO

Quem sabe a carruagem divinamente iluminada possa me encontrar radiante, à espera de ser perdoado e mais bem orientado para uma necessária evolução espiritual por não haver introjetado ressentimentos e mágoas danosas em forma de letal veneno?

De forma involuntária, mas inconsequente criei expectativas surreais lastradas sobretudo na luxúria. Portanto, preciso consertar os estragos emocionais causados aos envolvidos. Eu quero! Eu posso! Eu consigo! É isso que eu espero tendo radicalmente um passado apagado.

CONCLUSÃO

Aplaudo de pé e concordo com o que com muita proficiência escreveu o nobre economista, advogado, professor da UEPB e membro da Academia de Letras de Campina Grande Ailton Elisiário. Ailton escreveu:

“(...) “a desesperança se agiganta, pois não há mais nada em que se possa sustentar. A sociedade está enlouquecida, fruto da insanidade das pessoas. Pior, não existe bom senso, pois só vale a vontade de cada um. A prevalência do indivíduo sobre o coletivo, do desperdício sobre o comedimento, do desejo carnal sobre o do espírito, enfim, do eu sobre todos, tornou-se a regra central da vida, pela qual as pessoas hoje se guiam (...)”. – (SIC) – (Ailton Elisiário: Insanidade Social).

Enfim, posso concluir este insulso texto desejando saúde, paz, luz e graça a quem quiser e puder se identificar como personagem real ou imaginário desse escrito; a quem, igual a mim, possa e queira decidir qual caminho seguir de forma certa ou equivocada. O meu conselho para os indecisos é: Nunca troque o que mais quer na vida por aquilo que mais quer no momento. Momentos passam, a vida continua.