BOCAS E RISOS...

Onde a ventura nossa ao certo mora?
Na boca, que sorri sempre contente,
Ou num peito febril que anseia e chora?

A lágrima lava da alma o fogo que a devora,
E muitas vezes ruge a dor fremente,
Quando o sorriso no semblante aflora.

Ao ver das bocas  os vermelhos frisos,
Não se fiem nos pálidos sorrisos,
Que andam nos lábios a desabrochar.

São muitas vezes quaes flores purpuras
Que vicejam garbosas sobre as ruínas
De um carvalho tristonho e secular!
Jeane Diogo
Enviado por Jeane Diogo em 15/09/2016
Reeditado em 15/09/2016
Código do texto: T5761615
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.