AVISANDO A AMARGURA

Nem que a vaca tussa, Ó amargura!

Voltarei à tua convivência.

Para evitar a tua entrada, troquei a fechadura.

Esperneia o quanto queiras

E mesmo que mostre olheiras

Jamais trilharei nas tuas eiras.

Tu me causas sonolência

Não tenho mais paciência

De assistir tua amargura.

Ó rasteira caninana

Não pense que me engana

Fujo de ti à paisana.

Sou muito feliz

Para meter o nariz

Não fui ferido por um triz.

Amargura xispa já daqui

Vai caçar outra presa

Não me acharás mais aqui.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 19/06/2019
Reeditado em 19/06/2019
Código do texto: T6676887
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