AVISANDO A AMARGURA
Nem que a vaca tussa, Ó amargura!
Voltarei à tua convivência.
Para evitar a tua entrada, troquei a fechadura.
Esperneia o quanto queiras
E mesmo que mostre olheiras
Jamais trilharei nas tuas eiras.
Tu me causas sonolência
Não tenho mais paciência
De assistir tua amargura.
Ó rasteira caninana
Não pense que me engana
Fujo de ti à paisana.
Sou muito feliz
Para meter o nariz
Não fui ferido por um triz.
Amargura xispa já daqui
Vai caçar outra presa
Não me acharás mais aqui.
Ênio Azevedo