Vacinar ou não vacinar. Cobaias ou o gado do Zé Ramalho?

Vacinar ou não vacinar. Cobaias ou o gado do Zé Ramalho?

Algum tempo atrás escrevi um artigo (É ou não obrigatório tomar a vacina contra o COVID-19?), o qual enfrentava o tema sobre a obrigatoriedade ou não de vacinar-se contra a COVID, com a seguinte conclusão: “Portanto, repito, faz-se necessário que, pela obrigatoriedade ou compulsoriedade desde que tenha sido comprovada a sua eficácia sem o qual não se pode tolher a liberdade do cidadão em decidir-se em tomar ou não a dita vacina. Como obrigar o cidadão a tomar uma vacina quando se sabe que ela, no mínimo, 10 anos para que tenha segurança em relação aos seus efeitos? Então, eu acho realmente um abuso permitir que o estado obrigue uma pessoa a se submeter a um tratamento experimental. E há um artigo no Código Civil que dá à pessoa o direito de não se submeter a tratamento que possa colocar em risco a sua saúde. A vacinação pode ser considerada uma medida de solidariedade social, pois protege ao mesmo tempo o indivíduo e a comunidade. Isso porque, ao imunizar o primeiro, ele se torna uma barreira que impede que outras pessoas mais frágeis se contaminem com a doença. É justamente por conta dessa lógica coletiva de proteção que, mesmo que em um primeiro momento dependa de uma decisão individual — a de se submeter ou não à vacina — a imunização é considerada uma estratégia de saúde pública. Portanto, quando a maior parte das pessoas se vacina, a doença passa a encontrar menos hospedeiros viáveis. “Se a maior parte das pessoas está vacinada e tem resposta imunológica contra aquela doença, essas pessoas começam a funcionar como barreira, inclusive para aquelas que não foram vacinadas. Isso diminui a circulação do vírus na população”, afirma Flávio Guimarães Fonseca, pesquisador do CT Vacinas (Centro de Tecnologia de Vacinas) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais.

Pois bem o tema vacina-covid continua sendo um assunto momentoso e inesgotável fonte de polêmicas.

Voltando ao tema em razão da discussão travada entre os colegas da lista – Magistrados aposentados, decidi gastar umas poucas linhas sobre o tema sem ser, por óbvio, o arauto da verdade.

Pois bem. Entre todas as vacinas que conheci na vida (difteria, tétano, sarampo, rubéola, varicela, hepatite, meningite e tuberculose), nunca vi uma vacina que me obrigasse a usar máscara e manter distanciamento social mesmo quando você está totalmente vacinado...

Nunca tinha ouvido falar de uma vacina que espalhe o vírus mesmo após a vacinação, nunca tinha ouvido falar de recompensas, descontos, incentivos para se vacinar.

Não houve discriminação para aqueles que não tomaram outras vacinas. Se você não se vacinou, ninguém tentou fazer você se sentir uma pessoa ruim.

Nunca vi uma vacina que ameace o relacionamento entre familiares, colegas e amigos.

Nunca vi uma vacina usada para ameaçar os meios de subsistência, o trabalho ou a escola.

Nunca vi uma vacina que permitisse a uma criança de 12 anos substituir o consentimento dos pais.

Depois de todas as vacinas que listei acima, nunca vi uma vacina como essa, que discrimina, divide e julga a sociedade como ela é. E como o tecido social se aperta ... enquanto lutamos uns contra os outros.

Eletricidade + 40%, Gás + 30%; Gasolina 1,8 euros etc etc etc etc etc ... É uma vacina poderosa!

Ela faz todas essas coisas, exceto IMUNIZAÇÃO.

Se ainda precisarmos de uma dose de reforço após sermos totalmente vacinados e ainda precisarmos obter um teste negativo após sermos totalmente vacinados e ainda precisarmos usar uma máscara após sermos totalmente vacinados e ainda sermos hospitalizados após termos sido totalmente vacinados ..., provavelmente chegou a hora de admitirmos que podemos ter sido enganados.

Enfim, como somos o gado do Zé Ramalho, então estamos sendo usados como cobaias.

A polêmica há de continuar.

Guaxupé, 13/12/21.

Milton Biagioni Furquim

Juiz de Direito

Milton Furquim
Enviado por Milton Furquim em 20/12/2021
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