O AR

O ar sopra

Narinas adentro

Com seu terno vento

O ar se me vem

Com seu eterno brilhar

Com seu brilho no olhar

Nada como o ar

Tão sutil e sereno

Tão feliz e pequeno

Ventos serenos

Ares tão pequenos

Climas tão amenos

Sopro o vento

Para ver seu olhar

E olhá-lo por dentro

O ar que sopra

É o vento encorpado

Tão sutil – tão calado

Sinto o ar

Batendo no rosto

Com seu terno gosto

O ar por dentro

É o vento que sopra

Calor que soçobra

O ar que me toca

Sopra a canção da flauta

E o som da taboca

Vem-se o ar

Com o vento a flanar

E o canto de dentro

Sinto o ar

Pra sentir a fragrância

De um beijo de criança

O ar que não muda

Sua cor invisível

De matiz tão sensível