QUANDO A INSPIRAÇÃO SE AUSENTA
* * *
Quis escrever no papel
As palavras que me habitam…
Provei o amargo do fel
De inúteis vozes que gritam.
Quis ser eu de peito aberto,
Abrindo a minha alma às artes…
De mim nunca estive perto
Pois estava em outras partes.
Lanço no computador
Esboços sentimentais…
Escrevo com ou sem dor,
Para já, longe demais.
Mas oh poema singelo,
- Filho das noites sombrias -
Podes não ser o mais belo,
Mas um dia não são dias.
As palavras ganham vida
Sempre que a alvorada surge…
Doce verve que convida,
O poema que em mim urge.
11.12.009, ValTer Ego