LOBO MAU
(Sócrates Di Lima)

Sou teu lobo mau,
uivante, devorador,
sigo tua nau,
viajante,
sedutor.

E nas noites de lua cheia,
quero devorar-te por inteira,
beber do desejo que corre em tua veia,
Sugar teu cio e devorar-te de qualquer maneira.

Não sou meloderamático,
Nem efêmero,
Sou matemático,
Sem número.

Me faço animal,
Selvagem ,
Mas sou racional,
Nessa viagem.

Não tenho unha, nem garra,
Nem mãos de flores,
Mas, minhas mãos acariciam   de forma rara,
Intanso, sou sem pudores.

No êxtase uivo,
Indomável,
Ativo,
Amável.

Por dentro sou dócil,
Misturo meus sentidos sem hora,
Equilibrio viril,
Saio de dentro pra fora.

E se fêmea se fizer,
Felina no fogo ardente,
Se fazendo além mulher,
Me fará teu lobo em desejo agonizante.

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 23/04/2013
Reeditado em 30/11/2013
Código do texto: T4255225
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