SOLITÁRIO

Fim de tarde sentado na varanda

O Arco-iris no horizonte a brilhar

Apressados os passarinhos cruzam o Céu

vai em busca do repouso a cantar

A lua aparece reluzente

brisa leve, abanando a cortina

Vem a noite, indefeso entristece

Suas mãos sem força desafina

A folhagem rastejando pelo chão

No balanço do coqueiro um assovio

O orvalho vai cobrindo a roseira

Seu frescor muda o tempo traz o frio

O semblante sonolento a noite embala

Curva e deita, no apagar do candinheiro

Solitário como genio adormecido

A sonhar abraçado ao travesseiro.