EM BUSCA DE SONHOS
O drama dessa moça,
Que passo a poetar,
Se quiser rir pode rir,
Caso seja igual ao seu pode chorar.
A luta de uma costureira,
Acabava de começar,
Foi assim que ela decidiu sem medo,
Em Mimoso não dava mais para ficar.
Beijinhos no seu papai e sua mãe,
Que souberam muito lhe amar,
Um abraço nos amigos,
Adeus põe-se a soluçar.
Até outro dia cidade querida,
Adeus minha pracinha!
Adeus cine São José!
Seja o que Deus quiser.
Bem sei que essa não é só minha sina,
Quantos jovens já se evadiram daqui,
Pois, não tem a onde trabalhar,
O pior, não vejo um projeto, para o sonho melhorar.
Mostrei minha habilidade, lá no Rio de Janeiro,
De costureira fui para coordenadora de produção,
Logo na primeira semana,
Já ganhava algum dinheiro.
Doze horas por dia, sem embromar,
Outras atividades, na moral, sem recusar,
Pois o numerário,
Dava até para sobrar.
Eu corria e guardava,
E quanto mais guardava,
Mais salário ganhava,
Com tudo que eu ajuntava.
O tempo ia passando, passando...
Minha vida se transformando numa boa,
Sai de Mimoso, sentindo-me como peona,
Hoje tenho respeito, passei a ser patroa.
Uma coisa é certa,
Mimoso, não consigo esquecer de você,
Há! Se houvesse administrador competente,
Para amenizar drama como esse.
Que promovesse seminário,
Corresse atrás de empreendimentos,
Tivesse uma visão para o futuro,
Derrubassem as picuinhas e os muros.
Bastava ser criativo e transparente,
Solidário, respeito ao bem público,
Jovem como eu, não era necessário,
Abandonar sua terra, o seu berçário.
O tempo vai, o tempo vem,
A saudade e tamanha e sem par,
Mimoso, voltarei para suas entranhas,
Por que ai, aprendi a amar.
E assim aconteceu; estou aqui cidade natal!
Tudo parece igual, em duas décadas,
Quem mudou mais, fui eu! Não devo chorar!
Ainda bem que o meu amor,
Não começou a desabar!
Necessito a ele,
Novamente abraçar.
Infelizmente a minha mãezinha,
Muito tarde fui chegar,
Saudades para sempre,
Para você vou rezar.
Lutei, Venci em ambiente ancestral,
Longe de onde eu não queria viver,
Pois, devemos amar profundamente,
As nossas raízes que são bem diferentes.
Muito obrigada, Rio de Janeiro,
Por ter me acolhida e ter me cuidado,
Ajudaste-me no meu salário, irei sempre te admirar,
Mas Mimoso é o meu lugar!
O drama dessa moça,
Que passo a poetar,
Se quiser rir pode rir,
Caso seja igual ao seu pode chorar.
A luta de uma costureira,
Acabava de começar,
Foi assim que ela decidiu sem medo,
Em Mimoso não dava mais para ficar.
Beijinhos no seu papai e sua mãe,
Que souberam muito lhe amar,
Um abraço nos amigos,
Adeus põe-se a soluçar.
Até outro dia cidade querida,
Adeus minha pracinha!
Adeus cine São José!
Seja o que Deus quiser.
Bem sei que essa não é só minha sina,
Quantos jovens já se evadiram daqui,
Pois, não tem a onde trabalhar,
O pior, não vejo um projeto, para o sonho melhorar.
Mostrei minha habilidade, lá no Rio de Janeiro,
De costureira fui para coordenadora de produção,
Logo na primeira semana,
Já ganhava algum dinheiro.
Doze horas por dia, sem embromar,
Outras atividades, na moral, sem recusar,
Pois o numerário,
Dava até para sobrar.
Eu corria e guardava,
E quanto mais guardava,
Mais salário ganhava,
Com tudo que eu ajuntava.
O tempo ia passando, passando...
Minha vida se transformando numa boa,
Sai de Mimoso, sentindo-me como peona,
Hoje tenho respeito, passei a ser patroa.
Uma coisa é certa,
Mimoso, não consigo esquecer de você,
Há! Se houvesse administrador competente,
Para amenizar drama como esse.
Que promovesse seminário,
Corresse atrás de empreendimentos,
Tivesse uma visão para o futuro,
Derrubassem as picuinhas e os muros.
Bastava ser criativo e transparente,
Solidário, respeito ao bem público,
Jovem como eu, não era necessário,
Abandonar sua terra, o seu berçário.
O tempo vai, o tempo vem,
A saudade e tamanha e sem par,
Mimoso, voltarei para suas entranhas,
Por que ai, aprendi a amar.
E assim aconteceu; estou aqui cidade natal!
Tudo parece igual, em duas décadas,
Quem mudou mais, fui eu! Não devo chorar!
Ainda bem que o meu amor,
Não começou a desabar!
Necessito a ele,
Novamente abraçar.
Infelizmente a minha mãezinha,
Muito tarde fui chegar,
Saudades para sempre,
Para você vou rezar.
Lutei, Venci em ambiente ancestral,
Longe de onde eu não queria viver,
Pois, devemos amar profundamente,
As nossas raízes que são bem diferentes.
Muito obrigada, Rio de Janeiro,
Por ter me acolhida e ter me cuidado,
Ajudaste-me no meu salário, irei sempre te admirar,
Mas Mimoso é o meu lugar!