Ao Presidente Bolsonaro

Serpente de peçonha engravatada

Rasteja pela sede do poder

Avista em seu palácio alvoradas

Nublando a luz do dia de outro ser

Buraco negro da espécie humana

Sugando todo o brilho que não tem

E crê que a todo aquele que engana

É parte destas posses que obtêm

Reptiliano de espinha torta

A espreita de outra presa em seu caminho

O corpo ativo mas a alma morta

Aniquilando a paz de algum ninho

Se vai deixando cinzas em seus rastros

Alimentando o ódio que cultiva

Porém seus olhos não enxergam astros

Sem norte deixa um povo à deriva

Enquanto o tempo corre como o vento

Sibila em sua trama enredada

Sem perceber que é réu num julgamento

Vai sucumbir por sua própria espada

Elson Lemos
Enviado por Elson Lemos em 10/05/2021
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