Ao Presidente Bolsonaro
Serpente de peçonha engravatada
Rasteja pela sede do poder
Avista em seu palácio alvoradas
Nublando a luz do dia de outro ser
Buraco negro da espécie humana
Sugando todo o brilho que não tem
E crê que a todo aquele que engana
É parte destas posses que obtêm
Reptiliano de espinha torta
A espreita de outra presa em seu caminho
O corpo ativo mas a alma morta
Aniquilando a paz de algum ninho
Se vai deixando cinzas em seus rastros
Alimentando o ódio que cultiva
Porém seus olhos não enxergam astros
Sem norte deixa um povo à deriva
Enquanto o tempo corre como o vento
Sibila em sua trama enredada
Sem perceber que é réu num julgamento
Vai sucumbir por sua própria espada