JOGADA ARMADA

1º Ato

Nos brasileiros temos memória?
Faço uma viagem na história,
Encontro escândalos, fraudes! É de estarrecer,
Negociatas, corrupção, fazem nos empobrecer.

Alto escalão do governo envolvido,
Assaltam esse maravilhoso país querido,
No administrativo, político, amoroso e financeiro,
Planos econômicos furados, confisco do dinheiro.

Ministério da saúde, rombo total,
Nas compras de mochilas, remédios,
Bicicletas, toalhas, e,
Camisinha para o carnaval.

Lembram-se dos rios de numerários?
Saqueados do Tesouro Nacional,
Pela equipe chamada “Centrão”
Será que não seria hoje o tal “Mensalão?”

Deveria ser punido,
Por uma CPI,
Constituição retrograda,
O poder não dividir.

Segue o nosso País!
Imprensa dominada?
Livre ou estagnada?
Célebre ou fabricada?

2º Ato

Os alunos não entendiam,
Estava eu, também no meio,
Com nove anos...
Preparando para o recreio.
Quando a professora noticiou,
A morte do presidente,
Com um tiro no peito,
Ele se suicidou.

Ainda fazendo o B, A, BA,
Não pude acreditar,
Como pode um ditador,
Com a própria vida acabar.

Ouvia sempre papai falar,
E muitas vezes a elogiar,
Ao presidente dinâmico,
E com uma vida familiar.

Amava sua carreira,
Suas fazendas e animais,
Costumes inteligentes,
Realizador e competente.

Certa ocasião contou papai,
Uma frase que Getulio proferiu:
“Fui eleito pelo povo,
E só sairei do meu posto!
Morto”.

E ainda meu pai afirmou:
Ele nunca foi covarde,
Odiava o aproveitador e o vendilhão da pátria,
Passou momentos piores...
E não ficou estremecido,
Passaram décadas e décadas,
Será que tudo foi “esquecido?”