CURSO ESPÍRITA - A PERDA DO PARAÍSO

CURSO ESPÍRITA - A PERDA DO PARAÍSO

Doutrina dos Anjos Decaídos.

BASEADO NA GÊNESE ESPÍRITA

LIVRO DA CODIFICAÇÃO DE ALLAN KARDEC

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - FEB

PESQUISA E ADAPTAÇÃO: Roque Santos de Oliveira

Iniciação aos estudos das obras da Codificação Espírita.

ÍNDICE

Parte Alegórica Mosaica - Iniciando o Curso

Entendendo a lógica alegórica Mosaica

Perda do Paraíso, Visão Espírita

Perda do Paraíso e a Raça Adâmica

Doutrina dos Anjos Decaídos e a Perda do Paraíso

Emigrações e Imigrações de Espíritos

Raça Proscrita

O Consolador Prometido e a reencarnação

Finalizando o Curso - O Espiritismo não faz milagres

INICIANDO O CURSO

PARTE I

PARTE ALEGÓRICA MOSAICA

Deus planta um Jardim de Delícias

Põem neste Jardim o homem que Ele (Deus), formara

Deus faz surgir belas árvores de frutos agradáveis ao paladar

“E, no meio do paraíso a árvore da vida com a árvore da ciência do bem e do mal”.

“O Senhor tomou, pois, do homem e o colocou em o paraíso de delícias, a fim de que o cultivasse e o guardasse”.

Deu-lhe também essa ordem e lhe disse: “Come de todas as árvores do paraíso, mas não coma absolutamente da árvore da vida e da ciência”.

Porquanto logo que comeres morrerás com toda certeza.

Mas havia a Serpente.

A Serpente era o mais fino dos animais que o Senhor Deus formara na Terra. E ela disse à mulher: “Deus certamente disse que não comesses de todos os frutos porque, assim que houverdes comido desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses conhecendo o bem e o mal”.

“A mulher considerou então que o fruto daquela árvore era bom para comer; que era agradável à vista. E, tomando dele, o comeu, e deu a seu marido, que também comeu”.

Se ocultaram de Deus que passava à tarde pelo jardim em um vento brando

E como ouvisse a voz do Senhor

Se retiraram para o meio das árvores do paraíso, a fim de se ocultarem.

O Senhor Deus:

Pergunta onde está Adão.

Adão responde:

“Me ocultei pois estava nu”.

Pergunta Deus então: “Como soubestes que estavas nu? Comeste da árvore proibida?”

Adão responde: “A mulher que me deste”

À mulher Deus pergunta: “por que fizeste isto?”

Ela respondeu: “A serpente me enganou e eu comi desse fruto”.

Saindo do Paraíso

Então o Senhor disse à serpente:

“Será maldita entre todos os animais. Rojar-te-ás sobre o ventre. Porei uma inimizade entre tu e a mulher e ela tentará esmagar a tua cabeça e tu tentará morder-lhe o calcanhar”.

Então o Senhor disse à mulher:

“ Pariras com dor. Estarás sob a dominação de teu marido e ele te dominarás”.

O Senhor disse ao Homem:

“Por haveres escutado a voz de tua mulher, a terra te será maldita. Só com muito trabalho tirarás dela com que se alimente, por todos os anos da tua vida. E comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de onde foste tirado, porque és pó e em pó te tornarás”.

(O Senhor Deus o fez sair do jardim de delícias, a fim de que fosse trabalhar no cultivo da terra donde ele fora tirado).

Deus colocou querubins diante do jardim de delícias, os quais faziam luzir uma espada de fogo, para guardarem o caminho que levava à árvore da vida.

PARTE II

Entendendo a lógica alegórica Mosaica

Sob uma imagem pueril e às vezes ridícula, se nos ativermos à forma, a alegoria oculta frequentemente as maiores verdades (A Gênese Espírita-p. 317, Item 15).

Muitas das explicações bíblicas se assentam sobre alegorias. Precisamos entender que elas são necessárias em muitas das vezes, para tornar a explicação dada acessível ao público alvo.

A Fábula do deus pagão Saturno: Haverá fábula mais absurda, à primeira vista, do que a de Saturno, o deus que devorava pedras, tomando-as por seus filhos? (Gênese Espírita).

As Fábulas e as Alegorias

Saturno é a personificação do tempo; sendo todas as coisas obra do tempo, ele é o pai de tudo o que existe; mas, também, tudo se destrói com o tempo. Saturno a devorar pedras é o símbolo da destruição, pelo tempo, dos mais duros corpos, seus filhos, visto que se formaram com o tempo. (Gênese Espírita, p. 117).

Somente Júpiter, símbolo da inteligência superior, do princípio espiritual, que é indestrutível,

Segundo esta mesma lenda.

PARTE III

PERDA DO PARAÍSO ESPÍRITA

Emigrações e Imigrações dos Espíritos

No intervalo de suas existências corporais, os Espíritos se encontram no estado de erraticidade e formam a população espiritual ambiente da Terra. (Gênese Espírita)

No intervalo de suas existências corporais, os Espíritos se encontram no estado de erraticidade e formam a população espiritual ambiente da Terra (Gênese Espírita).

“Pelas mortes e pelos nascimentos, as duas populações, terrestre e espiritual, deságuam incessantemente uma na outra. Há, pois, diariamente, emigrações do mundo corpóreo para o mundo espiritual e imigrações deste para aquele: é o estado normal” (Gênese Espírita).

PARTE IV

PERDA DO PARAÍSO E A RAÇA ADÂMICA

Em certas épocas, determinadas pela sabedoria divina, essas emigrações e imigrações se operam por massas mais ou menos consideráveis, em virtude das grandes revoluções que lhes ocasionam a partida simultânea em quantidades enormes, logo substituídas por equivalentes quantidades de encarnações.

Para quê?

As renovações rápidas, quase instantâneas, que se produzem no elemento espiritual da população,

apressam o progresso social; sem as emigrações e imigrações que de tempos a tempos lhe

vêm dar violento impulso, só com extrema lentidão esse progresso se realizaria. (Gênese Espírita)

“De acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou, se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão mesma, chamada raça adâmica”. (Gênese Espírita)

“De acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou, se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão mesma, chamada raça adâmica” (Gênese Espírita).

Mais adiantada do que as que a tinham precedido neste planeta, a raça adâmica é, com efeito, a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras.

Chegada da Raça Adâmica à Terra

Tudo prova que a raça adâmica não é antiga na Terra e nada se opõe a que seja considerada como habitando este globo desde apenas alguns

milhares de anos, o que não estaria em contradição nem com os fatos geológicos, nem com as observações antropológicas, antes tenderia a confirmá-las.

RAÇA ADÂMICA: Procedência da Individualidade

Todo gênero humano procede de uma individualidade?

No estado atual dos conhecimentos, não é admissível a doutrina segundo a qual todo o gênero humano procede de uma individualidade única, de há seis mil anos somente.

(Gênese Espírita)

Adão e seus descendentes são apresentados na Gênese como homens sobremaneira inteligentes, pois que, desde a segunda geração, constroem cidades, cultivam a terra, trabalham os metais. São rápidos e duradouros seus progressos nas artes e nas ciências (Gênese Espírita).

O Homem na Terra

Independentemente dos fatos geológicos, da população do globo se tira a prova da existência do homem na Terra, antes da época fixada pela Gênese.

PARTE V

DOUTRINA DOS ANJOS DECAÍDOS E A PERDA DO PARAÍSO

Os mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que os habitam.

A felicidade neles está na razão direta da predominância do bem sobre o mal e a predominância do bem resulta do adiantamento moral dos Espíritos. O progresso intelectual não basta, pois que com a inteligência podem eles fazer o mal.

A Hierarquia dos Mundos

“Logo que um mundo tem chegado a um de seus períodos de transformação, a fim de ascender na hierarquia dos mundos, operam-se mutações na sua população encarnada e desencarnada” (Gênese Espírita).

PARTE VI

EMIGRAÇÕES E IMIGRAÇÕES DE ESPÍRITOS: Os Motivos

É quando se dão as grandes emigrações e imigrações. Os que, apesar da sua inteligência e do seu saber, perseveraram no mal, sempre

revoltados contra Deus e suas leis.

Se tornariam daí em diante, um embaraço ao ulterior progresso moral, uma causa permanente de perturbação para a tranqüilidade e a felicidade dos bons, pelo que são excluídos da humanidade a

que até então pertenceram e tangidos para mundos menos adiantados, onde aplicarão a inteligência e a intuição dos

conhecimentos que adquiriram ao progresso daqueles entre os quais passam a viver, ao mesmo tempo que expiarão, por uma série de existências penosas e por meio de árduo trabalho, suas passadas faltas e seu voluntário endurecimento (Gênese Espírita).

Que serão tais seres, entre essas outras populações, para eles novas, ainda na infância da barbárie, senão anjos ou Espíritos decaídos, ali vindos em expiação?

Essa terra não lhes era um lugar de delícias, em comparação com o meio ingrato onde vão ficar relegados por milhares de séculos, até que hajam merecido libertar-se dele?

A vaga lembrança intuitiva que guardam da terra donde vieram é uma como longínqua miragem a lhes recordar o que perderam por culpa própria.

PARTE VII

RAÇA PROSCRITA

A raça adâmica apresenta todos os caracteres de uma raça proscrita. Os Espíritos que a integram foram exilados para a Terra, já povoada, mas de homens primitivos, imersos na ignorância, que aqueles tiveram por missão fazer progredir, levando-lhes as luzes de uma inteligência desenvolvida.

Não é esse, com efeito, o papel que essa raça há desempenhado até hoje?

Sua superioridade intelectual prova que o mundo donde vieram os Espíritos que a compõem era mais adiantado do que a Terra. Havendo entrado esse mundo numa nova fase de progresso e não tendo tais Espíritos querido, pela sua obstinação, colocar-se à altura desse progresso, lá estariam deslocados e constituiriam um obstáculo à marcha providencial das coisas.

(Gênese Espírita, p. 294).

PARTE VIII

O CONSOLADOR PROMETIDO E A REENCARNAÇÃO

Esse Salvador ele, com efeito, lho enviou, na pessoa do Cristo, que lhe ensinou a lei de amor e de caridade que ela desconhecia e que seria a verdadeira âncora de salvação (Gênese Espírita).

É igualmente com o objetivo de fazer que a Humanidade se adiante em determinado sentido que Espíritos superiores, embora sem as qualidades do Cristo, encarnam de tempos a tempos na Terra para desempenhar missões especiais, proveitosas, simultaneamente, ao adiantamento pessoal deles, se as cumprirem de acordo com os desígnios do Criador. (A Gênese)

Sem a reencarnação, a missão do Cristo seria um contra-senso, assim como a promessa feita por Deus. Suponhamos, com efeito, que a alma de cada homem seja criada por ocasião do nascimento do corpo e não faça mais do que aparecer e desaparecer da Terra: nenhuma relação haveria entre as que vieram desde Adão até Jesus Cristo, nem entre as que vieram depois; todas são estranhas umas às outras.

A promessa que Deus fez de um Salvador não poderia entender-se com os descendentes de Adão, uma vez que suas almas ainda não estavam criadas.

Para que a missão do Cristo pudesse corresponder às palavras de Deus, fora mister se aplicassem às mesmas almas. Se estas são novas, não podem estar maculadas pela falta do primeiro pai, que é apenas pai carnal e não pai espiritual.

A REENCARNAÇÃO: Entendendo a sua lógica

A não ser assim, através da reencarnação, Deus houvera criado almas com a mácula de uma falta que não podia deixar nelas vestígio, pois que elas não existiam. A doutrina vulgar do pecado original implica, conseguintemente, a necessidade de uma relação entre as almas do tempo do Cristo e as do tempo de Adão; implica, portanto, a reencarnação.

À primeira vista, a ideia de decaimento parece em contradição

com o princípio segundo o qual os Espíritos não podem retrogradar. Deve-se, porém, considerar que não se trata de um retrocesso ao estado primitivo. O Espírito, ainda que numa posição inferior, nada perde do que adquiriu; seu desenvolvimento moral e intelectual é o mesmo, qualquer que seja o meio onde se ache colocado. Ele está na

situação do homem do mundo condenado à prisão por seus delitos. Certamente, esse homem se encontra degradado,

decaído, do ponto de vista social, mas não se torna nem mais estúpido, nem mais ignorante. (Gênese Espírita).

PARTE IX

FINALIZANDO O CURSO

Espíritos da raça adâmica, uma vez transplantados para a terra do exílio, não se despojaram instantaneamente do seu orgulho e de seus maus instintos; ainda por muito tempo conservaram as tendências que traziam, um resto da velha levedura. Ora, não é esse o pecado original?

O Espiritismo Não Faz Milagres - Explicando:

Foram fecundos em milagres os séculos de ignorância, porque se considerava sobrenatural tudo aquilo cuja causa não se conhecia. À proporção que a Ciência revelou novas leis, o círculo do maravilhoso se foi restringindo; mas, como a Ciência ainda não explorara todo o vasto campo da Natureza, larga parte dele ficou reservada para o maravilhoso.

Expulso do domínio da materialidade, pela Ciência, o maravilhoso se encastelou no da espiritualidade, onde encontrou o seu último refúgio. Demonstrando que o elemento espiritual é uma das forças vivas da Natureza, força que incessantemente atua em concorrência com a força material, o Espiritismo faz que voltem ao rol dos efeitos naturais os que dele haviam saído, porque, como os outros, também tais efeitos se acham sujeitos a leis. Se for expulso da espiritualidade, o maravilhoso já não terá razão de ser e só então se poderá dizer que passou o tempo dos milagres (A Gênese, Cap. I, nº 18).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Espiritismo, pois, vem, a seu turno, fazer o que cada ciência fez no seu advento: revelar novas leis e explicar, conseguintemente, os fenômenos compreendidos na alçada dessas leis. (Gênese Espírita).

Leiam as as Obras da Codificação, para melhor aproveitamento do curso.

REFERÊNCIA

Allan Kardec. A Gênese Espírita: FEB.

Pesquisa por: Roque Santos de Oliveira.

Bacharel em Teologia pela FAETEL – Faculdade Teológica de Ciência Humanas e Sociais Logos.

Licenciado em Pedagogia e Pós Graduando em Metodologia do Ensino de Língua Inglesa e em Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia pela FAEL –Faculdade Educacional da Lapa.

Mestre e Doutorando em Teologia Livre pela ETSB – Escola de Teologia Seminário Bíblico.

QUESTIONÁRIO DE FIXAÇÃO DO CURSO:

Assinale a assertiva correta de acordo com a questão proposta.

1- O Senhor tomou, pois, do homem e o colocou em o paraíso de delícias. A frase é parte da Gênese Mosaica: sim ( ) não ( ).

2- Pelas mortes e pelos nascimentos, as duas populações, terrestre e espiritual, deságuam incessantemente uma na outra. Esta é uma visão Mosaica: sim ( ) não ( ).

3- Adão e seus descendentes são apresentados na Gênese como homens sobremaneira inteligentes. Esta é uma Visão Espírita:

sim ( ) não ( ).

4- Sem a reencarnação, a missão do Cristo seria um contra-senso. Visão Espírita e católica: sim ( ) não ( ).

5- O elemento espiritual é uma das forças vivas da Natureza. Visão Espírita:

sim ( ) não ( ).