SIMPLESMENTE MULHER
Simplesmente foi surgindo aos poucos, como que
Invisível por entre a neblina de uma,
Madrugada fria em final de inverno.
Parecia uma menina ainda criança.
Linda, séria, misteriosa.
Entre a infância e adolescência,
Sem nome, sem teto, sem ninguém.
Mas, certamente, com o sonho de se tornar gente
Em meio à sequidão dessa existência:
Nebulosa para muitos, límpida para alguns.
Talvez sem destino ou futuro,
Entre os becos e esquinas da cidade.
Me sorriu, em busca (quem sabe) de,
Um amigo, de um abrigo, de um lar, de um refúgio.
Lentamente, seguindo em frente, sem registrar sua
História em minha mente
Em estado de preocupação com o
Retorno pra casa, após outra jornada concluída.