a interminável beleza...

'A' INTERMINÁVEL BELEZA DAS LETRAS

'I'NTERMINÁVEL começa com o abecedário

'N'o prazer dos gestos descobertos e dominados

'T'endo como pano de fundo a alma exposta

'E'ngalanada do nada que a faz o ser nu tudo

'R'ealizado a conquistas à própria imaginação

'M'inando o Mundo como Mina sendo em Mim

'I'nenarrável beleza das virtudes incompletas

'N'avegadas pela voz que das letras dão poetas

'Á'vidos de Vida em seu Vigor amando o Vago

'V'olatilmente insuflados pela sua inspiração

'E'ncontrada no Ar da Arte nas Asas + Aladas

'L'argando do cais das navegações poéticas!...

'B'ELEZA de atributos múltiplos multiplicados

'E'los duma multiplicidade mutável no tempo

'L'ido e desenvolvido pela dança das mudanças

'E'stabelecidas por usos e costumes tão vários

'Z'ebelinas vivas que se recusam a ornar golas

'A'ntes conseguindo viver em liberdade e soltas

'D'oa a quem doer... vivemos rumo ao absurdo

'A'inda a tempo de ver a Liberdade a esfumar

'S'aindo do nosso conhecimento com realidade

'L'evadas as referências para a vacuidade nula

'E'm termos de realidade concreta: quais ovos

'T'idos pelas crianças como nascidos plantados

'R'idiculamente como flores abrindo na cloaca

'A'rbitrária do desconhecimento vital da vida,

'S'omos hoje produtos: produtos de consumo...

{Acho que este poema revela a própria mutação nele apontada, atribuída ao tempo... Tendo-o interrompido, rompi com a beleza... entrei na estranheza e aí acabo, aqui...}

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 15/03/2006
Código do texto: T123460