NATUREZA QUE CHORA

N asceu pequena de uma semente plantada,

A ceita o vento suave que balança seus galhos,

T raços vigorosos vai ganhando ao engrossar seu tronco,

U m carinho recebe da chuva generosa que chega,

R egando seu entorno para torna-la bonita e vaidosa,

E nquanto cresce tomando vulto seu porte,

Z angando quando matamos passarinhos em seus ninhos,

A margura tristezas ao ver tamanha maldade.

Q uebram galhos que dão sombra aos passantes,

U rra de dor quando ferem sua carne,

E nquanto derrama lágrimas que esconde com medo.

C hora a dor por seus passarinhos assustados,

H esita por não dar-lhes a proteção que merecem,

O lha assustada ao ver a serra sinistra que chega,

R oendo entranhas que são só dela e tem vida,

A batem sem dó o seu tronco vigorosa que tomba.

Jairo Valio

"Eu estou correndo a maratona de Acrósticos, vem comigo"