Sem retorno

Estou no meio do misterioso mar

E não encontro a minha vontade,

Mas sei que não devo deixar de amar.

Por que não posso deixar a verdade?

Lembro-me que comecei na praia

Com um barco pequeno e fraco,

Mas movido pela esperança dada

Pela vontade Divina e por ela sigo.

Mesmo com os ventos contrários

Que pareciam avisar-me pra ficar.

Lutei contra o medo dos perigos

Certo que não deixei amigos lá.

Olhos fitos no horizonte franzindo a fronte

Com o coração palpitante assim prossigo.

Brigo contra as ondas espumantes errantes

Na esperança de que no horizonte eu existo.