PERDAS...OU TROCAS?

Hoje,enquanto coloco em palavras meus sentimentos,

sei que erro...São erros ortográficos,concordâncias verbais,e tantos outros....

Mas não importa.

O alívio que sinto ao expor tudo que ficou guardado durante anos,

me faz seguir em frente,independente de tudo.

Durante aqueles 4 anos em que estive largada numa cama,tive como companheira uma chupeta.

Ela era meu consolo,claro que foi trocada diversas vezes,não haveria plástico que resistisse por tanto tempo.

Enquanto estive naquele estado de inércia..ela me foi permitida.

Depois,quando passei a caminhar com minhas próprias pernas,ela não poderia mais ficar comigo...teria que ser doada para uma cobra que vivia num riacho perto de casa.

Segundo minha mãe,se eu ão fizesse a entrega expontaneamente,

ela viria buscar durante a noite.

Então,no anoitecer seguinte lá fui eu...bravamente,com minha tão estimada chupada entregá-la para aquele monstro imaginário,

para que o mesmo não invadisse a casa durante a noite,no intuito de pegar a chupeta,mas também ameaçar a todos que na casa moravam.

Ergui meu braçlo e com toda a força de meu braçinho atirei a chupeta bem no meio do riacho.

Minha mãe disse que eu não deveria olhar para trás,pois a cobra poderia ver e não iria gostar.

Assim eu fiz...segui todas as ordens.Era uma criança obediente.

Voltei para casa de olhos baixos,tristes,mas com o sentimento do dever cumprido.

Doeei o que de melhor eu tinha e assim supunha que estava protegendo a todos.

O dia passou...mas a noite chegou e com ela a necessidade da minha chupeta.Somente ela me fazia dormir.

Lembrei do irmão recém-nascido!!!!!!!!!!!

- Ele usava chupeta!!!!!!!!!!!!!!!!!!

-Uma luz no fim do túnel.

Pé ante-pé,fui para o berço dele e deitei do lado...queitinha.

Puxei com todo o cuidado a chupeta da boca dele,e ficamos num vai e vem.

Quando eu percebia que ele ia acordar,rapidinho colocava a chupeta para ele,depois era a minha vez,e assim sucessivamente.

Durante muitos mêses usufruimos da mesma chupeta sem que ninguém desconfiasse.

Eu recebia elogios de todos por ter conseguido largar da chupeta com tamanha facilidade,mas ninguém imaginava o que se passava ao apagar das velas.

Apagar das velas mesmo,pois morávamos numa cidade do interior ,e não tinhamos energia elétrica.Usávamos velas ou lampiões e lamparinas de querosene.

Mulher de Luz
Enviado por Mulher de Luz em 31/05/2009
Código do texto: T1624616
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