OS TRAUMAS CONTINUAM

Interessante hoje,relembrar de tantas coisas...

E relembrar com saudades...porquê eram tempos bons.

Apesar de tudo havia a segurança,o poder de confiar nas pessoas.

Voltando...

Era verão.

Uma tarde quente...um céu de um azul inexplicável.

Fui criada dentro da igreja Católica...acreditando em anjos e santos,

que estariam lá naquele céu que eu via.

Ali bem acima de meus olhos,na minha inocência,estavam os anjos.

Os anjos...que eu tanto esperava ver.

Abri os braços em direção ao céu e pedi : Deus manda seus anjos para que eu possa vê-los e brincar com eles.

Na mesma hora um raio cruzou o céu e o estrondo se fez.

No meu desconhecimento de criança eu gravei isso como sendo uma resposta de Deus.

Segundos depois veio o granizo intermitente.

Nossa casa começou a ser destruida.

Dela sobrou apenas a cozinha e uma mesa enorme,onde estávamos protegidos,eu,minha mãe e meus dois irmãos menores.

Ao redor da casa tínhamos um metro e meio de altura de granizo.

Pescadores que vinham da praia,não acreditavam no que acontecera.

Lá nada se passara.

Pessoas que vieram da cidade,acreditavam por ver.

Nada se passara na cidade.

Apenas nossa casa,ou o que sobrou dela,ilhada num mar de granizo.

Quando o dia amanheceu,começaram a recontruir a casa.

O granizo acabou de derreter quando a noite chegou.

Segundo minha mãe tinha acontecido uma trovoada seguida de uma tempestade de granizo...mas...na minha cabeça de criança ...inocente...incosciente e principalmente crente em Deus...

não era nada do que ela dizia.

Daquele dia em diante,passei a sentir pavor por tardes quentes e de sol azul.

A cada tarde que vinha meus medos cresciam,pois para mim,eu tinha sido castigada,Deus havia me mostrado que não podemos querer ver além do que Ele nos mostra e eu...

HAVIA RECEBIDO MEU CASTIGO...QUISERA VER OS ANJOS.