SEGUINDO EM FRENTE

Os dias transcorriam tranquilos...

Não era mais só...tinha mais alguma responsabilidade.

Tinha também menos tempo.Meu filho tomava o que me sobrava de tempo.

Ele era saudável até certo ponto.

Os edemas pulmonares tinham deixado alguma sequela e ele tinha pneumonias frequentes.

O pediatra me aconselhou a mudar de cidade com ele,acreditava que era a poluição de SP que o prejudicava.

Resolvi voltar para SC.Comprei uma casa na cidade onde moro até hj.

Estava com 26 anos e meu filho tinha 9 mêses.

Na minha família ninguém sabia a maneira como ele viera para a minha vida e não sabem até hj.

Ele crescia,mas qualquer homem que visse,chamava de pai.

Percebia nele a necessidade de um pai.

Resolvi que ele teria um pai.Ele merecia.

Assim conheci um homem,um engenheiro,e me casei.

Foi a decisão mais errada de minha vida.

Era o passado que voltava.Ele era alcolista...violento...estéril.

Mostrou seus verdadeiros instintos somente após 1 ano de casados.

Não amava meu filho.Fazia escárnios dele.Isso me incomodava.

Mas contudo,eu aturava,meu filho parecia feliz.

Não tínhamos uma vida conjugal boa.Não havia felicidade em nós.

Por diversas vezês sugeri à ele procurar pelo AA,quem sabe uma internação o livraria do vício,mas ele nunca aceitou.

Queria ter filhos...e eu não engravidava.

Sugeri a adoção.Ele concordou após fazer espermograma e confirmar que jamais engravidaria uma mulher,nem mesmo in vitro.

Eu já era então plantonista de um hospital.

Todos sabiam que eu pretendia adotar uma criança.

Também tentavam me desestimular.Diziam que filhos deveriam ser biológicos,que filhos adotivos incomodam(como se os biológicos não incomodassem também).

Recebia críticas todos os dias pela atitude que eu pensava tomar.

Mas não mudava a minha linha de pensamento.

Queria um outro filho..ou filha...não importava a cor..nem sexo..nada.

Apenas queria ter mais um filho.E conseguiria.

Se as pessoas conseguissem olhar para a adoção com outros olhos,certamente teríamos bem menos crianças nas ruas.

Se enxergassem a adoção com os olhos do coração,muitas crianças teriam lares e muitos pais estariam realizados.

Falo da adoção,porquê ela faz parte da minha vida.

Procuro estimular a tantos quanto posso,a adotar.

Eu estava lendo então um livro da Zíbia Gasparetto,PELAS PORTAS DO CORAÇÃO.

Era a história de uma menina que tinha sido adotada.

Ali estava a resposta que eu buscava.

DEUS ESTAVA ME ENVIANDO MAIS UMA FILHA E ELA JÁ TINHA ATÉ NOME.

Mulher de Luz
Enviado por Mulher de Luz em 06/06/2009
Código do texto: T1635369
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.