Fruto do Silêncio
Fruto do Silêncio
Enquanto eu estava sentado, eu olhava as nuvens cinzas.
Que se formavam ao redor da minha escuridão
Meu coração pulsava e me avisava
Que os demônios começavam uma invasão
Eu corri pra o escuro onde não pudessem me ver
Ali calado, sozinho, tentava me esconder.
Mais o meu coração, em alto tom pulsava,
E os ceifadores de alma ali me achara
Fui levado com eles, um principado que desconhecia,
Um lugar onde as almas gritavam e se aumentava minha agonia.
Invadiram minha mente, meus sonhos minha alma,
Nem mais a escuridão que tanto confiei me acalmava.
No fundo, eu não sabia o que em mim buscavam,
Uma dor perdida, um sonho rasgado em mim procurava.
Mostravam-me os medos que me fazia chorar,
Eram lagrimas de sangue que não dava mais pra suportar.
Eu ouvia tantas vozes, na pele sentia o frio,
Eu estava entre as trevas um lugar sombrio.
Eu não sei, não vejo mais sinto que fui marcado,
Dividido entre luz e trevas, por elas sou segurado.
Sou um preço que alguém ainda esta pagando,
Sou a vida que alguém tenta sempre matar.
Sou refugio sombrio que as almas procuram,
Sou a luz eterna que o maligno atura.
Sou um corpo tomado pelo mal e pelo bem,
Sou um sagrado segredo a se desvendar
Posso ser qualquer um ou posso ser ninguém
Sou uma porta aberta pra você entrar.
Sou o conflito eterno entre trevas e luz
Sou um anjo caído ou um anjo de luz.
Fui medido, marcado, fui limpo e sacrificado,
Já nem sei quem sou no presente ou no passado.
Guiado pela luz, sondado pelas trevas,
Eu nasci em silencio, sou fruto do silencio.
Jamais compreendi o que faço ou sou na terra,
Eu sou a esperança ou o começo de uma guerra!