Fruto do Silêncio

Fruto do Silêncio

Enquanto eu estava sentado, eu olhava as nuvens cinzas.

Que se formavam ao redor da minha escuridão

Meu coração pulsava e me avisava

Que os demônios começavam uma invasão

Eu corri pra o escuro onde não pudessem me ver

Ali calado, sozinho, tentava me esconder.

Mais o meu coração, em alto tom pulsava,

E os ceifadores de alma ali me achara

Fui levado com eles, um principado que desconhecia,

Um lugar onde as almas gritavam e se aumentava minha agonia.

Invadiram minha mente, meus sonhos minha alma,

Nem mais a escuridão que tanto confiei me acalmava.

No fundo, eu não sabia o que em mim buscavam,

Uma dor perdida, um sonho rasgado em mim procurava.

Mostravam-me os medos que me fazia chorar,

Eram lagrimas de sangue que não dava mais pra suportar.

Eu ouvia tantas vozes, na pele sentia o frio,

Eu estava entre as trevas um lugar sombrio.

Eu não sei, não vejo mais sinto que fui marcado,

Dividido entre luz e trevas, por elas sou segurado.

Sou um preço que alguém ainda esta pagando,

Sou a vida que alguém tenta sempre matar.

Sou refugio sombrio que as almas procuram,

Sou a luz eterna que o maligno atura.

Sou um corpo tomado pelo mal e pelo bem,

Sou um sagrado segredo a se desvendar

Posso ser qualquer um ou posso ser ninguém

Sou uma porta aberta pra você entrar.

Sou o conflito eterno entre trevas e luz

Sou um anjo caído ou um anjo de luz.

Fui medido, marcado, fui limpo e sacrificado,

Já nem sei quem sou no presente ou no passado.

Guiado pela luz, sondado pelas trevas,

Eu nasci em silencio, sou fruto do silencio.

Jamais compreendi o que faço ou sou na terra,

Eu sou a esperança ou o começo de uma guerra!

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 08/06/2009
Reeditado em 04/01/2011
Código do texto: T1637795
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