NINA

Não há caminhos de volta para a descoberta do gostar.

Imagino não haver estradas para o não gostar

Nenhuma vontade de esquecer quando há o gostar,

Assim como não há explicação para te gostar.

Não sou feito de areia e sol e sou

Incerto e errante como os aventureiros

Não sou feito de sonhos e brisas,

Assim como os poetas e cantores...

Não canto; apenas aprendi a rir,

Invadindo canções alheias

Navegando em palavras

Acreditando em velhas lendas

Não sou velho, nem antigo,

Inimigo ou só...

Não sou triste, sei sorrir,

Amar, afagar e ouvir estrelas...

E depois de tudo isso

Te descubro e me descubro

E me desencontro e me encanto

Ando a volta de mim

Medindo passos

Olhando luzes

Mergulhando, andando, nadando, olhando e livre

Podendo dizer que é bom ter você.

Manoel Leão
Enviado por Manoel Leão em 14/05/2005
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