Acróstico X XVII

Menina, lua e mar, manhã de brisa,

Ingênuo despertar sorrindo aurora,

Claridade de luz que ao sul aflora

Habitando com fulgor o que matiza.

E, porque a poesia te decora,

Luzindo em teu olhar de Mona Lisa:

Latente, em teu sorriso o verso mora

Em todo esplendor que se angeliza.

Conversas com os anjos quando cantas

Ouvindo o arpejar dos querubins,

Nem notas quantos sonhos acalantas

Tão meiga, entre o som dos bandolins.

Etérea, tu levitas, tu encantas,

Reluzes mais que a luz do camarim.

A música é magia quando cantas:

Transitam pelo céu estrelas tontas,

Os lírios desabrocham nos jardins.

Brilha, sempre, em teu olhar uma estrela

Um astro, singular, de luz insone,

Somente quem tiver olhos pra vê-la,

Saberá que és soberana até no nome...