Deixaste-me a alma aflita
Escondeste do meu, o teu olhar
Sinto uma dor infinita
Como afiada adaga a penetrar
A saudade, meu ser habita
Meu coração já não acredita
Invoco aos céus pra não chorar
Não permita esse amor findar
Honrarei a palavra, antes dita
Outro já deve estar no meu lugar
Saiba, porém, por ti, minh'alma grita

Estarei aqui, sempre a te esperar

Durmo abraçado às doces lembranças
Envolvo-me nos lençóis da saudade
Sou metade dor, metade esperança
Enquanto te busco pelas ruas cidade
No peito trago atravessada uma lança
Choro sem vergonha, feito uma criança
Assustada com a força da tempestade
Nunca senti tamanha infelicidade
Tento vislumbrar alguma mudança
O amor vivido com tanta intensidade
Se tornou estrela, que não se alcança



"Podem haver descaminhos e desencantos, no entanto não desisto deste amor criado pelo destino"

          
           
Imagens: extraídas do Google