INTRÓITO...

Detinha na infância, adolescer a cantora lírica!
Manequim nas reentrâncias, voz contralto de coral,
Caiçara em marouços, no mar onda empírica
Enredada na lida, tempestade voejada atemporal...

Já fui amante do vento, Sereia amei Netuno,
Duna areia amando estrela, a rocha nua!
Pérola lacrimejada gozando no topo do mundo.
Erupção vulcânica lavrando versos a lua...

Na escola poesia... Estudante não foi sábia
No amor solfejei encanto, decreto a fé fortalecida
Dos amantes. A cobiça não me cantou tardia,
Tão pouco me poupou a vida. Lida, a vitória sabia!

Semeada em noite de lua, desabrochada flor!
Odete a que foi Tinha, de pretérito esquecido,
Passado presente vivido, futuro desconhecido.
Fascinada luxuriante , a beleza do destino adaga...

Oh Deus! Aos seus pés deposito quimeras eus,
Ausentes. Aqui viveu o que não fui, anseios
De minha vida, amores ensandecendo meu eu,
Rimas bordadas linhas, tudo que fui que sei ...

Não saber se fui tudo, que traçou em meu rumo
Peregrino nada foi! Clamo a ti senhor do mundo,
Ame a Deth que sou! Amando tudo que nada fui
O amor que hoje sou “Luzida lira”... Intróito meu!


“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
30/10/2005 


Obs:  Leiam Ode a Cartola.
Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 19/07/2006
Código do texto: T197289