RETRATO
Silêncio é uma forma de expressar
Ante a imagem que insiste em nos prender
Nessa vontade que se tem de se encontrar
Dá-se a penúria de tentar se esquecer
Recordação é uma forma de alcançar
O que marcou de eternidade o nosso ser
Jeito de ver em algum lugar, longe, de outrora
Ouvindo até meras palavras repetidas
Se te revejo nesse olhar, revivo agora
Esses mil anos de espera e recolhidas
Canso de olhar o teu retrato na parede
Antes que chegues, minha vista quase embaça
Resta só ver-te e saciar a minha sede
Diante desse envelhecer que me esfumaça
O que desgasta é o corpo, o visual
Só tu verás se inda lembrar de minha face
-O rosto muda, mas a alma é sempre igual!
Silêncio é uma forma de expressar
Ante a imagem que insiste em nos prender
Nessa vontade que se tem de se encontrar
Dá-se a penúria de tentar se esquecer
Recordação é uma forma de alcançar
O que marcou de eternidade o nosso ser
Jeito de ver em algum lugar, longe, de outrora
Ouvindo até meras palavras repetidas
Se te revejo nesse olhar, revivo agora
Esses mil anos de espera e recolhidas
Canso de olhar o teu retrato na parede
Antes que chegues, minha vista quase embaça
Resta só ver-te e saciar a minha sede
Diante desse envelhecer que me esfumaça
O que desgasta é o corpo, o visual
Só tu verás se inda lembrar de minha face
-O rosto muda, mas a alma é sempre igual!