MEU MEDO 

         medo


Sempre, que a vida se encerra
A dúvida do depois nos apavora
Nunca sei na vastidão que se desterra
De como viverei ao fim da aurora
Recobrando a lucidez no fim da espera
Ou perdendo inconsciente o fim da hora?

Já que não se chega à perfeição
O lógico é fazer mil tentativas
Servir, tentar mudar o coração
E sobretudo amar, vida após vida

Confesso me causar menos assombro
A tal morte que a todos causa dor
Recurso de tirar a cruz dos ombros
De que se utiliza o Criador
O que me desespera em minha sorte
Se temo, não é morrer depois da vida
O mêdo é não viver antes da morte...
Graciley Vieira Alves
Enviado por Graciley Vieira Alves em 16/05/2010
Reeditado em 15/02/2012
Código do texto: T2260728