MEU MEDO
Sempre, que a vida se encerra
A dúvida do depois nos apavora
Nunca sei na vastidão que se desterra
De como viverei ao fim da aurora
Recobrando a lucidez no fim da espera
Ou perdendo inconsciente o fim da hora?
Já que não se chega à perfeição
O lógico é fazer mil tentativas
Servir, tentar mudar o coração
E sobretudo amar, vida após vida
Confesso me causar menos assombro
A tal morte que a todos causa dor
Recurso de tirar a cruz dos ombros
De que se utiliza o Criador
O que me desespera em minha sorte
Se temo, não é morrer depois da vida
O mêdo é não viver antes da morte...
Sempre, que a vida se encerra
A dúvida do depois nos apavora
Nunca sei na vastidão que se desterra
De como viverei ao fim da aurora
Recobrando a lucidez no fim da espera
Ou perdendo inconsciente o fim da hora?
Já que não se chega à perfeição
O lógico é fazer mil tentativas
Servir, tentar mudar o coração
E sobretudo amar, vida após vida
Confesso me causar menos assombro
A tal morte que a todos causa dor
Recurso de tirar a cruz dos ombros
De que se utiliza o Criador
O que me desespera em minha sorte
Se temo, não é morrer depois da vida
O mêdo é não viver antes da morte...