amo-te nas alturas
amo-te nas alturas bem junto ao chão
onde o pequeno é grande como a mesa
compacta, volumosa e estreita, pequena
pela febre de escrever muito junto á água
longe do rio onde nasce no deserto
impenetrável a alma certa , amar é dizer
o mar onde o amor é e se confunde
no desejo de avançar e parar
meu rosto rente á poeira na altura
todo o vento a transporta e eu fico
e ela volta, essa língua de argila
a doçura da casa, toco-a és tu
a porta abre-se no centro do teu
corpo, a polpa do verão na água