EXCLUÍDOS

Manoel Lúcio de Medeiros

E stamos sem terra, sem moradia, e nossos filhos sofrem, padecem,

X epa é o nosso alimento, quando sobeja dos centros, das feiras, dos lixões,

C omo é possível sobrevivermos diante de tão vil miséria? Deste infortúnio?

L ugares encharcados, lamacentos, inundados, são nossas habitações,

U topia é pensar em emprego, salário, casa, educação, saúde, segurança,

I sto que vivemos é uma vida irrealizável, irresolúvel, impraticável,

D entro de nós, lá no fundo, vive o opróbrio, a ignomínia, a frustração.

O nde está à sociedade que não olha para nós, ou somos jaburus itinerantes?

S omos excluídos dia após dia, sem amparo, sem socorro, sem misericórdia!

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Malume
Enviado por Malume em 01/10/2006
Código do texto: T253735