AUGUSTO DOS ANJOS

"Eu sou aquele que ficou sozinho

Cantando sobre os ossos do caminho

A poesia de tudo quanto é morto!"

A utênticos versos de ilustre poesia

U nificados num poeta que fazia

G erar com o uso de termos científicos

U berdade de ritmos e sons magníficos.

S ubversivo ao belo da lira romântica,

T ecia um antagonismo dissonante

O nde o Amor cedia ao Asco infante.

D escrente do autobiografismo elegíaco,

O riundo do carbono e do amoníaco,

S eguiu narrando a matéria orgânica.

A aclamação crítica veio lenta

N o mesmo momento em que o poeta enfrenta,

J az, a volta dos àtomos ao cosmo

O bscuro.Mas, com augusto aforismo,

S egue viva( em versos) sua mordaz semântica !