Verso Estranho

Vi coisas que ferem sem piedade

Escondendo a vida que há

Rasgando as frases que fiz

Soltas na candura de uma canção natalina

Ouvidas em vozes de crianças

Esquecidos que estamos de amar

Sequer percebemos de nós mesmos,

Tamanha ingratidão que assola

Ruínas de afetos malfeitos

Arrancados do peito sangrante

Nas miseráveis incontinências

Humanas e eternas deficiências

Onde cabe a lamentação de um dia ruim...

NENINHA ROCHA
Enviado por NENINHA ROCHA em 05/11/2006
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