Verso Estranho
Vi coisas que ferem sem piedade
Escondendo a vida que há
Rasgando as frases que fiz
Soltas na candura de uma canção natalina
Ouvidas em vozes de crianças
Esquecidos que estamos de amar
Sequer percebemos de nós mesmos,
Tamanha ingratidão que assola
Ruínas de afetos malfeitos
Arrancados do peito sangrante
Nas miseráveis incontinências
Humanas e eternas deficiências
Onde cabe a lamentação de um dia ruim...