AFINAL DE CONTAS, POR QUE CORREMOS TANTO?

Ao nascer, a única certeza que temos é que um dia morreremos, pois este é o final da vida humana, inexoravelmente.

Fomos constituídos em carne e osso para ter vida curta, e, malgrado os avanços da Medicina, continuamos perecíveis.

Infelizmente, a despeito dos investimentos, somos ameaçados pelas mesmas doenças, e novas pragas vão surgindo.

Não obstante a certeza do final trágico, estamos sempre correndo, e afinal eu me questiono o porquê dessa pressa.

Afinal, se todos conhecem o final da história, não seria mais prudente que reduzíssemos o ritmo veloz da caminhada ?

Longevidade é característica comum às pessoas que levam vida tranqüila, despreocupadas, livres do danoso estresse.

Doenças novas vão surgindo, como a gripe aviária, transmitida pelo vírus H5N1, pondo em alerta todos os cientistas.

E para que tanta pressa? Se mantivermos a calma, certamente viveremos tranqüilos até o final de nossa existência.

Comumente, testemunhamos acidentes, notadamente nas grandes cidades, decorrentes da pressa que nos acomete.

O ser humano parece esquecer que o importante é esforçar-se para, durante a efêmera passagem, ter vida saudável.

Nada de atividades estressantes, devemos relevar problemas, sobretudo aqueles criados por nossa fértil imaginação.

Tanta pressa acaba por encurtar nossa caminhada rumo ao inexorável fim, portanto, vamos reduzir o frenético ritmo.

Afinal, algumas religiões acenam com a possibilidade de vida após a morte, quando o espírito se liberta da carcaça.

Sendo assim, precisamos nos preparar para essa nova etapa, convém que nos familiarizemos com o desconhecido.

Posso sugerir duas famosas obras literárias, maravilhosas, que muito me impressionaram, no âmbito espiritual.

O escritor Frank de Fellita nos brindou com As Duas Vidas de Audrey Rose, um dos melhores clássicos do ramo.

Recomendo também o famoso Minhas Vidas, da excelente atriz Shirley Mclane, que deu origem ao ótimo filme.

Quem ainda não ouviu falar em descrições de pessoas que estiveram em coma, viram o outro lado, e escaparam ?

Uma história comum que contam é a visão que tiveram , de um plano superior, do movimento em torno do leito ...

E relatam que, durante o estado comatoso, ouviam os comentários de familiares e amigos que os pranteavam.

Convém, portanto, que atribuamos importância maior ao campo espiritual, a fim de diminuir o estressante ritmo.

O caminhar cadenciado, próprio dos longevos, é muito mais fruto da experiência que de problemas nas articulações.

Resta aos humanos, seres superiores na genealogia animal, por serem dotados de raciocínio, controlar os traumas.

Razão e equilíbrio constituem qualidades ímpares, jamais devendo ser menosprezadas, em qualquer circunstância.

E, em virtude de possuir tão importantes atributos, desconheço a razão de tanta bebida alcoólica, tanta insensatez.

Movidos a álcool, findamos transformados em máquinas assassinas, e causando infortúnios, mutilações e mortes.

O recente referendo, pretendendo reduzir assassinatos, deveria ter formulado uma pergunta muito mais inteligente.

Se a intenção fosse realmente reduzir mortes, poderiam inquirir se devia ser liberada a venda de bebidas alcoólicas.

Tenho plena convicção que grande parte das situações estressantes são causadas pela própria mente do indivíduo.

As pessoas , em qualquer circunstância, precisam manter a calma, para evitar que um mal maior as prejudique.

Nosso cérebro ainda constitui um órgão desconhecido, e o futuro mostrará que nele está a cura de todos os males.

Tenhamos calma, portanto, porque a Medicina já ensaia as primeiras incursões nesse maravilhoso mecanismo.

O mapeamento completo do cérebro humano será a chave para desvendarmos os segredos que ainda guardamos.

Em 09.11.2005

João Augusto Maia Gaspar

jaugustogaspar
Enviado por jaugustogaspar em 22/07/2011
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