M1
.:.
Maria... Nome doce que lembra imaculada.
A mais generosa de todas as mulheres.
Recordo-me de quando, ainda novinho,
Ia e vinha ao balançar da minha Maria.
A cada toque ela me amava, mãe amada.
Lento, mas firme e forte, o tempo passa.
E, claro, você não é a mesma Maria.
Tem sua própria identidade, sua beleza...
Identidade que se traduz em simpatia:
Calma, educada, meiga, são tantos adjetivos!
Ignorar um deles seria crime, então não se fala.
Apenas se aproveita a magia do seu encanto.
Lábios de virgem pudica, qual Maria, você tem!
Olhos de pidona! Assim não vale, é covardia!
Pedir para um homem tão dado como eu sou...
Espera de mim o que, claro que aceito!
Sou simples homem, escondido e não eleito.
As aparências talvez enganem, mas não sempre.
Leio sinceridade em você, desde o primeiro gesto.
Busco entender o que não posso e a vida priva,
Urgente, porque ela é curta e sem que se perceba,
Quase sempre nos leva cedo quando ainda queríamos
Uma ou mais motivos para continuar a viver.
Estive sempre à retaguarda da sua vida e assim,
Revigoro o desejo de apenas acompanhar até o fim
Quase todas as suas percepções da vida: boas ou más.
Um dia, quem sabe se a vida nos surpreende e permite,
Estarei bem pertinho, esperando seu sorriso pra mim.
Fortaleza-CE, 15 de fevereiro de 2006.
17h02min