A PALAVRA

A palavra não se cala quando há sabedoria

Ecoa como uma onda intransponível de razão

Envolve em generosidade a mágoa sofrida

Soa como sino que tini em forte vibração

Prova impiedosa e implacavelmente a paciência

Esculpindo com requintes detalhes da personalidade

De quem imprime rótulos conforme aparências

Desprezando os valores que julgam uma verdade

A palavra na multidão que se emerge travada em lutas

Engrandece valores que o homem por algo os esqueceu

É aquela que se revolta sublime a confrontar-se à censura

Gerando anjos na terra e cintilantes estrelas no céu

A palavra dispara certeira como feita flecha em fogo

Dói como prego nos pulsos... coroa de espinhos, mas se acalma

No aplicar em momentos de desespero reverte em saudável consolo

De arma poderosa transformar-se em curativo para ferimentos da alma

Anjinhahalco
Enviado por Anjinhahalco em 10/09/2011
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