AMOR, INSÓLITO AMOR

Amava um amor insólito, desses que não existem

mas que se supõe real. Amava um amor sorrateiro

oriundo de sentimentos dissimulados, frios, calculados

recalcitrava ante a mácula das traições de persona non grata. Um

indelével sentimento de culpa aproximara-a aos pés da cruz

numa louca tentativa de redenção, os erros cometidos tornaram-se

sombra no viver. Os dias alternavam-se entre as memórias dos

ótimos dias vividos – sofismável felicidade de um suposto amor – e as

lembranças tristes da tamanha desilusão. As marcas que ficaram são

idênticas as que um dia impôs. O presente sempre será o reflexo de

todo um passado, a fé não é carta de alforria. “De que se queixa, pois

o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados”.

A vida é uma roda viva , a lei do retorno algo real

medíocres sentimentos nos tornam pequenos

os amores de conveniências dão frutos amargos, transformando a vida

real em tristezas, lágrimas, arrependimentos e solidão...

Percílio de Aquino
Enviado por Percílio de Aquino em 16/10/2011
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