Labirinto

L âmina afiada que me transpassa o coração, que me transforma

nessa miséria humana sem rumo, fria como a pedra dos jazidos adormecidos nos velhos cemitérios.

A lma minha que passeia sem rumo me assombrando as noites

gelidas em que seu corpo não me aquece e nem sopra dentro de mim o necta da vida.

B asta olhar-me nos olhos e ver que perdi o brilho, a razão para seguir por esse caminho, pois já não há mais

por que chegar no fim dele se lá não irei te encontrar.

I nsistir nessa lamuria de te reconquistar me traz uma

unica esperança de ainda me achar nesse labirinto de ilusões em que a muito tempo cultivo o meu coração.

R aso solo em que prantou a semente do meu amor,

a chuva veio e descobriu deixando que outros passáros

o devorasse e abrisse em mim um abismo, transformando amor

em solidão

I njusto, triste e negro, o futuro do meu coração,

não sei se ainda serei digna de amar novamente pois o seu

desprezo sepultou em mim a esperança de ser feliz.

N ada mais me faz querer o amor como força para sobreviver

nesse mundo em que minha alma insiste em viver sem você.

T odos os sonhos derramados ao chão, espalhados pelo vento do

desgosto, to assim sem direção, querendo fugir de mim, me desfazer de tanta dor e medo.

O lho atentamente para o céu a espera de que minhas orações sejam ouvidas, me movimento para o fim, mas tenho medo que esse fim seja

o do nosso amor, do seu amor e o meu amor está perdido nesse labirinto sem fim.

Janaina Gama
Enviado por Janaina Gama em 14/02/2012
Reeditado em 12/07/2012
Código do texto: T3499223
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