QUE BONITO É... (momento velho (e violento) desporto bretão)

Pensava em meu método predileto para assistir futebol na tv (ou: sem volume - estreei durante a copa de 2006) e justamente descobri qual a aparente função do jornalismo nacional. Peraí, deixa só eu contar minha experiência, que fica melhor de entender (olha, bem preferiria ter acesso a uma tecla sap igual à da NBA, só com o som de quadra, mas como os infelizes não disponibilizam para o futebol, FICA NO MUTE MESMO).

Mas não é que futebol SEM a narração e/ou comentários torna o jogo MUITO mais apreciável - mais PRÓXIMO da realidade? (o relevante das estatísticas (parte que até gosto, por sinal) passa[ria] na tela). Assim, tu levas em consideração o que vês, o que tua atenção te aponta no momento do lance; já os apresentadores (o nome é esse mesmo: apresentam um 'programa') estão ali muito mais para te tirar a atenção - em troca de outra nem tão atenta, pois não podem observar meramente, por gosto ao futebol: a sua 'atenção forçada' cega-os, tira-os o 'jogo de cintura'; aliás, deve ser BEM difícil observar atentamente um lance e descrevê-lo simultaneamente).

Fora os erros descarados, jamais corrigidos de forma decente (e erros podem ser ser desde a notável parcialidade com que são apresentados os diferentes times ao telespectador, (desde ao aparecimento nos jogos televisionados, pois não são os melhores da rodada os escolhidos, right?, até à importantíssima técnica de descrever o ambiente, cousas como ânimo do time, ou até quanto a opinião para dizer quem está melhor em campo... aaaaaaaaaaahhhhhhh), ou quando os lances não saem, no replay, por completo [leia-se desde o início da jodada], - ou utilizam erroneamente uma tal de slow motion que deveria ajudar (ou seja: presta-se atenção no looks like e esquece-se que a bola corre lá, no gramado - Do real show time); fora que, se erras, se tens dúvida, um replay bem escolhido te esclarecerá melhor que qualquer frase pronunciada por um Papai Bueno da vida;

Nem foi em minha época, talvez por isso seja bom, mas um tal de CANAL 100 mostrava que o show time é feito com o olho na bola, no gramado, entre as quatro linhas, em movimentos, em estáticas, êxtases, em perdas, ao bailar da bola e das pernas, de espaços marcantes; um futebol em que a paixão de transmitir era a fidelidade ao espetáculo; e não havia o patrocinador como finalidade da parada, entendes?

Ou seja, a função do jornalismo nacional é (tem sido) mais embaralhar os fatos que mostrá-los nus e crus. Há sempre um 'especialista' (leia-se: fajuto) para meter o bedelho e vincular coisas ao fato. Aliás, dá mesmo para comparar a narração de um jogo de futebol com o nosso jornalismo?