Cachoeira da Vergonha

Cachoeira da Vergonha

Cada vez que leio nos jornais,

Abismado e sem poder acreditar

Como pode uma nação ser insultada,

Humilhada, sem poder nada fazer,

Olhando, incrédula, o crime acontecer

E o sofrimento do povão sempre a aumentar.

Indignar-se não dá mais por ser tão frágil,

Raiva é pouca, sofrimento é muito e a dor tão louca;

A quem rogar e suplicar por meu Brasil?

Devo gritar ao Deus que dizem, brasileiro,

A suplicar que raios queimem esse covil?

Vingança, oh céus, já que justiça aqui não há

E a afronta aos indefesos é tamanha;

Rasgam as vestes alvas da Moral e da Ética,

Garantindo ampla defesa a canalhas,

Obstruindo a verdade com o silêncio.

Nem mesmo impedem a quem em cargo público esteve,

Honrado e alçado à sagrada defesa da justiça,

A bandido representar e garantir clemência!

Maio/2012

PS:

Ouso pedir aos que lerem este modesto texto e que sentem, como eu, uma raiva incontida por essa e outras numerosas e constantes situações de abuso do poder econômico e político e do desrespeito ao querido, paciente e tolerante povo brasileiro, que o divulguem a outras pessoas e a todos os seus contatos, no sentido de começarmos a demonstrar nossa indignação com tais fatos, como o escândalo do Cachoeira e seus asseclas, mas, acima de tudo, que se faça alguma coisa para que não passemos pelo mais alto insulto à inteligência humana que estamos passando agora, de vermos UM RECENTE EX-MINISTRO DA JUSTIÇA, defendendo um líder de quadrilha, com certeza auferindo uma soma estonteante de dinheiro – fala-se em 15 milhões de reais - devidamente e legalmente acobertado pela Lei Brasileira tão generosa a facínoras e foras-da-lei.

Com certeza, não conhecem o ditado antigo e ultrapassado: NEM TUDO QUE É LEGAL É MORAL!

Muito menos um mais antigo, ainda: TUDO POSSO, MAS, NEM TUDO ME CONVÉM!

Se isto e algo mais lhe incomoda, demonstre sua indignação em defesa dos mais fracos e indefesos. Talvez sejamos uma nação capaz de minorar ou evitar a dor e o sofrimento de tantos inocentes!

Não permita tornar-se um desumano!

O autor