VIDA
FANTASIA
Volta infinitas vezes em meu eu aquelas criações que a alma se culpa
imprudentemente, sábia de que eram quimeras, verdades não,
mas se tais verdades fossem, que lindas vivências!
Quão pobre foste tu que nem precisavas se comprometer;
eram minhas as loucuras, essa ternura, todo esse amor.
Infeliz foi teu coração que era iletrado, acomodado,
desviou dos jardins floridos em meio às acácias e jasmins-
cego aos rouxinóis que eu conheço, mas pobre de ti,
nada respiras, morres tão só.
quisera ter te encontrado, neste vazio assim.
Deus, por certo pouco de ti conhece a alma, foges
como do desconhecido amor meu tu ficas
covardemente ignorando, para que te faças fácil
viver sem intempéries, mas confortável, evitas
sonhar largo infinito é, estátua torna-te e és...
Adoro-te, como não te importas saber, a mim isso nada é
sofrer tampouco me custa, se sempre te tenho a qualquer hora,
vagando pelas minhas saudades, vezes te amando, te odiando outras mais,
rica sou de tantas emoções, viva estou antes e agora, mas
tu, sem coração, sem alma, te invejo jamais.
V
I
D
A
CidadiPaula