noite serena de poesia

nunca ousara

ontem - sem mais

içou as velas

tirou a âncora de vênus

e deixou o coração se levar

sereias brancas

excitadas à lua

rigel brilha

entre os astros

navega

atrás de antigas noites

de noites serenas

estreladas

perdeu a prudência

ousou o céu aberto

escolheu horizontes

sem serventia - seu

instinto leva o leme

até outro dia