CADERNO E LÁPIS
Como de um transe hoje me acordei
Ao olhar para o lápis e o caderno
Derrotados ao lado do computador
Esquecido por esse mundo moderno
Respirei e lembrei-me de nossas brincadeiras
No galho em forma de V da mangueira
Ouvindo os pássaros “chamando” o inverno.
 
Eis uma grande amizade com o lápis e o caderno!
                                                                        
Lapidava de forma tímida no caderno algumas letras
Ávido pelo acesso a novos saberes, novas leituras.
Pesaroso pela oportunidade não dada pelo sistema
Iniciei em suas páginas já perdidas alguns poemas
Sublimando através do lápis minhas tristes agruras.
           JOEL MARINHO