O acróstico obsoleto da gaveta
Inimiga de minha sensatez e sanidade
Nem mesmo um deus converte obsessivo minhas vontades
Na carne quente, sou réu confesso
Antes fosse perpetuar toda esta noite
Yin Yang, dedos leves, por vezes o açoite
E com a garganta ferida me despeço
Falar me cansa e como um louco embriagado
Encho meu peito com fogo e tão cansado
Rogando ao nada o fim da dor dormente
Nefasta hora em que o acaso e a flauta doce
Achou no peito a carne que antes fosse
Navalha fria ou ferro quente
Deixei para trás meus lamentos ancestrais
Amei sem volta, rompi e nunca mais!