...NUNCA ....

NUNCA

Numas vezes pranto

Uma mó de farinha

Noutras canto mas

Com vasilhas vazias

Arcaicas que caem

Prostrar-se ante ao

novo e por isso de

novo dizer nunca

mais haja tal não

será furtivo banal

Terá augúrios fartos

Regaços cheios de

Incontáveis grãos

Suas safras bastadas

Torrenciais chuvas a

Emergir do escuso ocaso

Zumbindo trovões

As folhas brotos frutos

Renovo reíntero-renovo

Esboço de vida e gozo

Nas tintas em gotas

Onde ao traçar de letras

Vão-se os medos e

Os desconfortos

Não são assim os

crédulos persistentes

revolucionários mesmo

indoutos

Os que ao contrário

creem serão equilibrados

pseudo loucos por desconsiderar

do amor a força que ao

inquieto afoito aquieta com

somente um beijo em sua boca

Nunca mais haja sofrer

neste tão amável broto

rosa espinho caule que

tem neste solo o empalo

de seu corpo afim de que

beba sacie e viva

Nunca mais

Um instante

Nunca mais

Considere da vida

As regras

Mas haja sim

Amor e paz

Inspirações e

Seus melhores

e cada vez melhores

frutos desta plantação

sem seus ais só e

tão somente a paz.

Tito Trugilho, 02 de fevereiro de 2021.

A esta prezada casa mui grato, e a poetisa

Maria do Socorro Costa os aplausos

por seu texto

....NUNCA HAVERÁ TRISTEZA....